Dona de casa dá à luz a trigêmeas de parto normal em Votuporanga (Foto: Divulgação)
As três novas irmãs trouxeram ainda mais alegria e mudaram a rotina de toda a família, mas a mãe confessa que não esperava tanta dificuldade.
“Eu pensei que seria fácil, que não iriam chorar ou fazer cocô juntas. Mas são sempre as três de uma vez. Elas dormem durante o dia e ficam acordadas de noite. Eu e meu marido passamos quase a noite toda acordados”, conta Gildásia Maria da Silva, de 26 anos.
As três irmãs mais velhas ajudam a mãe e também cuidam das trigêmeas. “Eu já sei segurar elas no colo e, quando choram, minha mãe dá uma para cada uma para cuidarmos”, afirma a irmã das trigêmeas Júlia da Silva.
Irmãs mais velhas ajudam mãe de Cosmorama (SP) a cuidar de trigêmeas (Foto: Reprodução/TV TEM)
Gildásia conta que, além do apoio da família, as recém-nascidas também receberam o carinho e doações de muita gente solidária. O caso dela ganhou muita repercussão por ser raro o fato de um parto de trigêmeos ter sido normal e não por cesariana.
“Teve gente até fora do Brasil que me ajudou com doação. A cada um que doou um simples macacão, um simples laço para minhas filhas, eu quero agradecer de todo o coração o que estão fazendo por elas”, afirma.
Gildásia Maria da Silva diz que trigêmeas de Cosmorama (SP) mudaram rotina da família (Foto: Reprodução/TV TEM)
O parto
Gildasia foi ao hospital sozinha e deu à luz a trigêmeas de parto normal. As meninas vieram ao mundo prematuras, com 34 semanas, e ficaram internadas por 26 dias.
“Eu não esperava. Quando fiz o ultrassom, eu coloquei a mão na cabeça e comecei a chorar. A médica pediu para eu não me desesperar, mas só depois de uns três meses eu me adaptei com a ideia”, lembrou a mãe.
Ana Lívia, Antonela e Valentina estavam internadas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal da Santa Casa desde o dia 27 de setembro para ganhar peso e adquirir facilidade para respirar.
Elas ficaram fortes e não precisavam do uso de aparelhos, então receberam alta no dia 23 de outubro.
Trigêmeas de Cosmorama nasceram com 34 semanas (Foto: Reprodução/TV TEM)
Raridade
De acordo com o médico ginecolosta que fez o parto das irmãs, o centro cirúrgico para a cesariana estava pronto quando a equipe médica se deparou com a posição estratégica dos bebês, que colaborou para que nascessem naturalmente. O parto das trigêmeas durou 11 minutos e não teve complicações.
“O caso é muito raro. Uma gestação gemelar acontece a cada 80 gravidezes. Uma gestação trigemelar acontece a cada 800 vezes. Agora, fazer um parto normal com trigêmeas é muito mais raro”, afirma o médico Júlio Santis Garcia.
Trigêmeas de Cosmorama ficaram internadas na UTI neonatal (Foto: Reprodução/TV TEM)
'Medo de cesariana'
A mãe das trigêmeas ainda disse que o parto normal já é comum para ela. “Minhas outras três filhas nasceram de parto normal. Sempre desejei o procedimento pela recuperação ser mais rápida. Além disso, tenho medo de cesariana.”
Ela conta que, quando a bolsa estourou, foi até à Santa Casa de Votuporanga sozinha de ambulância.
“Minha bolsa estourou às 1h40. Me arrumei e fui até o postinho às 6h30. Deixei meu marido cuidando das garotas e decidi ir sozinha”, disse. “Não senti dor, foi tudo muito rápido. Me senti muito segura e confiante”, contou a mãe.
Fonte: G1
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