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Retrato do abandono em Nova Iguaçu

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Rua Nossa Senhora das Graças, que se divide ao meio, por um valão, na esquina com a Estrada de Madureira. Fotos: Davi de Castro/Jornal de Hoje


O abandono das ruas de Nova Iguaçu já está visível por toda a parte. Não é preciso se afastar do centro da cidade para observar o capim cobrindo os meios-fios e o matagal invadindo as calçadas e subindo muros.


Exemplo disso pode ser visto na Avenida Abílio Augusto Távora, mais conhecida como Estrada de Madureira, uma das vias de acesso para a Zona Oeste, Rio-Santos e Costa Verde. Nela o capinzal já começa no centro.

O retrato do abandono das ruas de Nova Iguaçu inicia no começo da Estrada de Madureira, ainda no centro, onde o capim sobe os meios-fios, calçada e até muros percorrendo os 38 quilômetros de extensão da via. A estrada é denominada como RJ-105 e liga Nova Iguaçu à Zona Oeste.



A falta de limpeza e conservação da via é alvo de muitas reclamações. A situação, provocada pela ausência da prefeitura, fica mais dramática na esquina com a Rua Nossa Senhora das Graças, próximo ao bairro Marco II, onde a rua é dividida por um valão. 

O matagal toma conta da rua, de ponta a ponta, e os entulhos dão um toque de requinte ao descaso.



Para piorar, a encosta de concreto do valão despencou e a prefeitura nada fez para desobstruir o leito por onde navegam os entulhos. 

Com o rompimento da barreira, quase metade da rua desabou para dentro do valão. Resta apenas um corredor estreito, que coloca em risco pedestres e veículos que trafegam pelo local.



“Já telefonamos várias vezes para a prefeitura e ninguém apareceu aqui”, reclama dona Maria dos Santos Dias, 60 anos, que mora nas proximidades.

Horto municipal vira matagal

A situação melhora nas proximidades de um shopping, onde funcionava a Pedreira Vigné. 

Porém, deve-se levar em consideração que o empreendimento é novo e o projeto se responsabilizou por parte da urbanização daquele trecho, como baias para veículos, táxis, pontos de ônibus, abrigos, canteiros e arborização. Todavia, ao passar deste trecho, a via continua retratando o abandono da prefeitura.



“Eles (referindo-se ao governo da cidade) não dão importância à representatividade dessa Estrada para a vida social e urbana de Nova Iguaçu e muito menos para a mobilidade urbana. São por essas e outras coisas que o trânsito da cidade é um caos”, destaca o empresário Benício Santos Toledo, 40 anos.

O quadro piora ainda mais na chamada curva do “S”, também conhecida como “curva da morte”, onde o terreno do Horto da prefeitura está abandonado, de portão fechado, enquanto uma floresta urbana toma conta de tudo.


>>Imagem negativa – Na esquina com a Rua Ana Cardoso, altura do número 1.851, o mato engole as calçadas e há 50 metros deste local, próximo à Universidade Iguaçu (Unig), o capim vai comendo os dois lados da avenida. 

Também ao lado da instituição, que recebe alunos de vários estados do Brasil, na Rua Antenor de Moura Raunheitti, as moitas de capim vão decorando negativamente a imagem de Nova Iguaçu.



O mesmo quadro se registra nas proximidades do bairro Marco II, logo após a Unig, altura do número 2.345, onde o matagal vai cobrindo tudo. 

O mesmo ocorre no Jardim Alvorada e segue até a região do KM-32, evidenciando que a situação de abandono atravessa por dezenas de localidades e toma conta de toda a cidade.


Terreno onde funcionava o Horto Municipal está abandonado. Um matagal toma conta da calçada e quase esconde a placa que sinaliza a existência de um quebra-molas

Fotos: Davi de Castro/Jornal de Hoje



Fonte: Jornal de hoje



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