Enfermeira Simone dos Anjos Santos foi presa nesta quinta-feira Foto: Marcelo Regua / Agência O Globo
Uma das linhas de investigação para descortinar a motivação da tentativa de homicídio contra bebês numa UTI Neonatal da Zona Oeste é se a enfermeira Simone Anjos dos Santos queria destruir a carreira de uma profissional ou a vida de alguém próximo.
A hipótese surgiu, de acordo com a delegada que apura o caso, depois que, em depoimento, a enfermeira disse que a autoria do crime era de outra enfermeira.
Na delegacia, ela disse ainda que a suposta colega de trabalho também teria sido demitida após a conclusão da sindicância interna realizada pelo hospital.
— Mesmo olhando as imagens, ela negou e pôs a culpa em outra pessoa que ainda nem sabemos se existe, pois quem ela menciona não aparece nas imagens que flagram a ação. Vamos apurar se há outras pessoas envolvidas nesse crime e qual a motivação para essa conduta tão nefasta — afirmou a delegada Juliana Emerique.
Ainda de acordo com a delegada, uma possível relação entre a enfermeira e parentes das vítimas também será investigada. Nos próximos dias, os pais dos bebês devem ser ouvidos. As crianças serão encaminhadas para exame de corpo de delito.
— Por mais que o hospital informe que nao houve sequelas nas crianças, precisamos do nosso corpo técnico para uma investigação isenta — diz Juliana.
Durante as investigações, a delegada descobriu que Simone fazia trabalhos voluntarios e há indícios de que o Hemorio seria uma das unidades em que ela frequentava. Por causa disso, a polícia vai solicitar a prefeitura e o estado os protocolos de voluntariado nas unidades de saúde.
Os investigadores também vão apurar as atividades profissionais desempenhadas por ela em hospitais que a enfermeira trabalhou nos últimos dois anos para saber se há outras vítimas.
CONSELHO VAI INVESTIGAR CASO
As investigações começaram depois que o Hospital Real D'Or, em Padre Miguel, Zona Oeste do Rio percebeu que quatro cateteres foram rompidos entre 14 e 31 de janeiro.
— Mesmo olhando as imagens, ela negou e pôs a culpa em outra pessoa que ainda nem sabemos se existe, pois quem ela menciona não aparece nas imagens que flagram a ação. Vamos apurar se há outras pessoas envolvidas nesse crime e qual a motivação para essa conduta tão nefasta — afirmou a delegada Juliana Emerique.
Ainda de acordo com a delegada, uma possível relação entre a enfermeira e parentes das vítimas também será investigada. Nos próximos dias, os pais dos bebês devem ser ouvidos. As crianças serão encaminhadas para exame de corpo de delito.
— Por mais que o hospital informe que nao houve sequelas nas crianças, precisamos do nosso corpo técnico para uma investigação isenta — diz Juliana.
Durante as investigações, a delegada descobriu que Simone fazia trabalhos voluntarios e há indícios de que o Hemorio seria uma das unidades em que ela frequentava. Por causa disso, a polícia vai solicitar a prefeitura e o estado os protocolos de voluntariado nas unidades de saúde.
Os investigadores também vão apurar as atividades profissionais desempenhadas por ela em hospitais que a enfermeira trabalhou nos últimos dois anos para saber se há outras vítimas.
CONSELHO VAI INVESTIGAR CASO
As investigações começaram depois que o Hospital Real D'Or, em Padre Miguel, Zona Oeste do Rio percebeu que quatro cateteres foram rompidos entre 14 e 31 de janeiro.
Uma sindicância interna foi instaurada, e Simone foi apontada, por depoimentos e pelas imagens das câmeras de seguranca, como a autora. Ela foi demitida por justa causa. O hospital também notificou a Polícia Civil, que abriu o inquérito.
A assessoria de comunicação da Rede D'Or afirmou, em nota, "que não houve qualquer dano ou consequência aos pacientes em decorrência do reportado. O hospital possui e segue continuamente rígidos protocolos de segurança, tendo imediatamente e de modo preventivo afastado a profissional em questão e em seguida comunicado a situação alegada às autoridades policiais competentes para a devida averiguação e providências. "
Por meio de nota, o Conselho Regional de Enfermagem do Rio de Janeiro (Coren-RJ) informou que irá enviar uma equipe ao Hospital Real D'Or para coletar provas. O Coren-RJ ainda afirmou que abrirá um "procedimento de admissibilidade, seguido de processo ético".
Via Extra
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