(Foto: Reprodução)
Muito utilizado para preenchimento e modelagem facial e corporal, o polimetilmetacrilato (PMMA), também conhecido como metacril ou bioplastia, provocou deformidades e complicações em cerca de 17 mil pacientes de todo o País, segundo pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica – Regional São Paulo (SBPC-SP).
Essa é a estimativa do número de pacientes que precisaram recorrer a cirurgiões plásticos a fim de corrigir sequelas deixadas pelo produto no período de um ano, entre maio de 2015 e de 2016, conforme a pesquisa feita pela SBPC-SP com 300 especialistas brasileiros.
O PMMA é um produto sintético composto por microesferas de acrílico aplicado por meio de cânulas, sob anestesia local. Os riscos do uso do produto ganharam atenção no final de 2014, quando a modelo Andressa Urach foi internada em estado grave com uma infecção nos glúteos e coxas causada pelo uso de metacril e hidrogel, outro produto usado para preenchimento corporal.
“Como é formado por microesferas, o PMMA se espalha pelo tecido da região após ser aplicado e, por ser um corpo estranho, costuma causar uma reação que produz nódulos e deformidades.
O problema maior é que o quadro é quase insolúvel porque, para extrair o produto, é preciso retirar tecido sadio em volta. É como tentar tirar cola aplicada sobre uma esponja”, diz Luis Henrique Ishida, presidente da SBCP-SP.
Ele relata que, além de ser usado como modelador para glúteos e coxas, o produto tem sido aplicado no rosto para o preenchimento de rugas. “Quando ocorrem complicações, são necessárias pelo menos duas cirurgias para tentar minimizar o problema, mas a região não volta a ser como era.
O problema maior é que o quadro é quase insolúvel porque, para extrair o produto, é preciso retirar tecido sadio em volta. É como tentar tirar cola aplicada sobre uma esponja”, diz Luis Henrique Ishida, presidente da SBCP-SP.
Ele relata que, além de ser usado como modelador para glúteos e coxas, o produto tem sido aplicado no rosto para o preenchimento de rugas. “Quando ocorrem complicações, são necessárias pelo menos duas cirurgias para tentar minimizar o problema, mas a região não volta a ser como era.
Além disso, há pessoas que podem ter infecções graves ou reações alérgicas que precisarão ser tratadas com corticoides para o resto da vida”, diz o especialista, que pede que a substância seja banida para fins estéticos.
“Ela começou a ser usada para corrigir deformidades de pacientes HIV positivos. Mesmo nesses casos os resultados não são os melhores.”
Barato
Médicos dizem que a opção pelo metacril ganhou adeptos pelo custo inferior a outros procedimentos estéticos.
Barato
Médicos dizem que a opção pelo metacril ganhou adeptos pelo custo inferior a outros procedimentos estéticos.
Enquanto uma sessão de aplicação de ácido hialurônico custa R$ 2 mil, a de PMMA vale cerca de R$ 900 e nem sempre é feita por médicos. Na internet, é possível encontrar clínicas de estética, consultórios odontológicos e até salões de beleza oferecendo o procedimento. (AE)
Via O Sul
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