O chef de cozinha Erick Witzel, de 24 anos, filho do futuro governador do Rio, Wilson Witzel (PSC), contou que adestruição da placa em homenagem à vereadora Marielle Francofoi um marco na relação familiar: "Ali perdi meu pai".
A transformação na vida de Erick começou quando Wilson revelou em entrevista que o filho é transgênero, descumprindo um pedido dele de não mencionar o assunto durante a campanha eleitoral.
"Eu não queria a minha imagem e a minha condição de gênero associadas às causas dele", explicou Erick em entrevista ao 'UOL'.
Desde então, o jovem passou a conviver com ataques virtuais de supostos apoiadores do governador eleito.
No entanto, foi após ver o então candidato em um ato de campanha em que uma homenagem a Marielle foi destruída, que Erick decidiu se afastar ainda mais do pai.
Quando questionado sobre aproposta de campanha do pai de "abater" criminosos que estejam portando fuzis, o chef de cozinha lembra que não tem pena de morte no país e cita incoerência entre a medida e o discurso cristão.
"O Brasil não tem pena de morte, como se propõe executar alguém sem julgar esta pessoa? Quem vai morrer com essa política? O que me pega nessa declaração é a incoerência.
Como um cristão, candidato por um partido cristão, propõe isso? E o princípio do 'não matarás?'", questiona.
Erick contou que depois de todos esses fatos sequer conseguiu dar um telefonema parabenizando o pai pela vitória nas urnas.
"Eu não conseguia mais ver os debates, me sentia agredido pelo que era defendido. Vergonha alheia mesmo. Ligar para ele para quê? Seria muito hipócrita da minha parte", disse.
Após ser eleito, Witzel pediu desculpas à família de Marielle e afirmou que não compactua com atos de intolerância.
Via Notícias ao minuto
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