Mãe de jovem morta em baile funk se despede da filha: ´Te amo por toda a eternidade´ - Baixada Viva Notícias

Mãe de jovem morta em baile funk se despede da filha: ´Te amo por toda a eternidade´

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A mãe da jovem Pammella Rosanne Gomes Vieira, de 21 anos, morta com um tiro no rosto durante um baile funk na favela Mandela II, em Benfica, na Zona Norte do Rio, na madrugada de domingo, usou seu perfil no Facebook para se despedir da filha. "Pandorinha eterna na minha memória e em meu coração. Você deixou de ser meu bebê pra ser meu anjinho. Eu te amo por toda a eternidade", escreveu a mulher.


Ela logo recebeu mensagens de conforto de amigos. "Que Deus conforte seu coração e de sua família", escreveu um deles. "Que o Espírito Santo console toda família", comentou outro. A postagem foi feita na tarde desta segunda-feira e traz também uma foto em que mãe e filha se beijam.



A mãe de Pammella esteve no Instituto Médico Legal (IML) nesta segunda para fazer a liberação do corpo. Ela contou que a filha era uma pessoa alegre e seu maior sonho era ter condições de criar o filho, de 7 anos, com quem morava no Mandela. Ela era separada do pai da criança e estava em outro relacionamento.

— Vai ser difícil superar — disse a mulher sobre a morte da filha.

Foi a própria avó quem deu a notícia da morte da jovem ao seu filho. Ela disse que foi um momento de sofrimento tanto para ela como para o neto.



A mãe de Pâmmella disse que a filha não costumava frequentar o baile funk onde foi baleada. Só teria parado no local, quando voltava de uma festa em São Cristóvão, porque teria encontrado amigos. Ela estava acompanhada de um parente.

O corpo da jovem ainda está no IML e a família não tem previsão de local e horário para o sepultamento

Disparo teria sido acidental

Pamella estava no baile quando levou o tiro. Informações de pessoas que estavam no baile funk são de que a arma de um traficante caiu e disparou acidentalmente. A jovem chegou a ser levada para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Manguinhos, mas chegou morta ao local.
O celular de Pammela sumiu do local do crime. O aparelho estava na bolsa de Pammellla Rosanne Gomes Vieira. A informação é da 21ª DP (Bonsucesso), onde o crime foi inicialmente registrado — as investigações foram assumidas pela Delegacia de Homicídos (DH) da Capital.


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A jovem estava com um parente no baile. Ele contou à polícia que havia ido com Pammella a uma festa em São Cristóvão, também na Zona Norte, na noite de sábado. Por volta das 2h30 de domingo, passaram em frente ao baile funk na entrada do Mandela II e pararam para conversar com amigas.

O parente revelou ainda que, por volta das 4h15, escutou três tiros. Logo depois, pessoas começaram a gritar que um Caveirão (blindado da Polícia Militar) entraria na comunidade. Houve correria. 

O parente foi para um lado e Pammella, para outro. Ainda de acordo com o relato da testemunha, várias pessoas caíram o chão e se machucaram durante a confusão.

Após o tumulto, o parente soube que Pammella havia sido levada para UPA. Ele contou que, na hora, pensou que a prima havia se machucado no corre-corre.

Mas, ao chegar à unidade de saúde, soube que a jovem tinha sido baleada e morrido. A testemunha frisou que não tem ideia de onde partiu o tiro que atingiu sua prima, já que os tiros que ouvira haviam sido disparados longe de onde o baile acontecia.



A polícia pretende ouvir novamente o depoimento do parente que acompanhava Pammella. A jovem tinha um filho de 7 anos, com quem morava. A informação de que um blindado havia entrado na Mandela II foi negada pelo 22º BPM (Maré).

De acordo com informações da polícia, a favela Mandela II é dominada pela facção Comando Vermelho (CV) e está em guerra com o Terceiro Comando Puro (TCP).


Via Extra


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