Voluntários vestem fantasias e se transformam em super-heróis por um dia para alegrar e entreter as crianças do Centro Infantil Boldrini, em Campinas (SP), mas que serve de exemplo de humanidade que poderia ser seguido em todo país para os que lutam contra o câncer.
Símbolos de força, luta e esperança, Batman, Super-Homem, Hulk, Mulher-Maravilha, Homem-Aranha, Ladybug e Lanterna Verde surgem nos corredores do hospital para brincar e interagir com os pequenos.
O “super-grupo” foi formado em Piracicaba (SP) com voluntários de diferentes cidades – cada um atuava em um hospital local com foco no tratamento de crianças com câncer.
Eles contam que se vestem de super-heróis para estabelecer uma amizade com as crianças e fazer uma verdadeira troca de experiências com elas.
Fotógrafo se veste de Homem Aranha e faz a alegria de crianças com câncer no Centro Infantil Boldrini em Campinas. Foto: Toni Mendes/EPTV
“É muito gostoso. A melhor parte da visita é a chegada. O pessoal começa a olhar o povo mascarado, colorido… ‘Os heróis estão chegando! Vamos lá, vamos lá!’ Eles esquecem que ali é um hospital”, conta o músico Vinícius Novaes na pele do Lanterna Verde.
A coordenadora do projeto, Adriana Tayar Fidelis, lembra que a inspiração surgiu quando ela viu pessoas fantasiadas de heróis limpando as janelas de um hospital e a reação imediata das crianças através do vidro. Naquele momento, decidiu que levaria os personagens para dentro do hospital.
“A inspiração foi querer que a criança olhasse pra gente e sentisse força para continuar o tratamento. Porque, na verdade, o herói está ligado a o quê? À conquista”, diz Adriana, na pele de Ladybug.
Voluntários se fantasiam para alegrar as crianças do Centro Infantil Boldrini. Foto: Toni Mendes/EPTV
‘Você não pode pegar a dor pra você’
Todos são uníssonos em dizer que lidar com o quadro das crianças no hospital e a expectativa que elas depositam nos super-heróis voluntários não é tarefa fácil. “Você não pode pegar a dor pra você. Você tem que saber lidar com aquilo”, afirma a coordenadora.
É comum que haja uma troca de personagens para conservar a história construída com pacientes que não resistiram às complicações da doença e morreram.
Adriana já foi Mulher-Maravilha, mas optou por mudar de heroína após o menino de 5 anos com quem tinha muito contato morrer.
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