Dois advogados que representaram Adriana Ferreira Almeida, a Viúva da Mega-Sena, entraram na Justiça para cobrar R$ 4,4 milhões em honorários da ex-cabeleireira, condenada a 20 anos de prisão pelo assassinato do marido, o ex-lavrador e milionário René Senna, morto em janeiro de 2007.
A dupla alega que o valor é proveniente de um contrato assinado entre eles e Adriana seis meses após o crime. Atualmente, Adriana está presa no Complexo de Gericinó e não tem mais direito à herança do marido, pois a Justiça anulou o testamento do milionário que a beneficiava.
Bombando no Extra:
De acordo com a petição inicial do processo — que tramita na 1ª Vara Cível de Bangu —, o pagamento deveria ter sido feito em 2008, quando Adriana foi solta graças a um habeas corpus elaborado pelos dois advogados e aceito pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ).
A dupla entrou na Justiça após ser dispensada por Adriana, em março deste ano. Os advogados pedem o arresto e penhora de todos os bens da ex-cabeleireira.
Nas redes sociais, Adriana postava fotos em paisagens paradisíacas e com carros de luxo
O processo chega à Justiça logo após a condenação definitiva de Adriana pelo homicídio do marido. No mês passado, a 8ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio rejeitou o último habeas corpus pedido pelo novo advogado de Adriana.
Com essa decisão, se esgotaram os recursos possíveis para ex-cabeleireira. A defesa de Adriana — que foi condenada em primeira instância em dezembro de 2016 — pedia a diminuição da pena de 20 anos. O pedido foi negado por unanimidade.
René Senna foi executado a tiros por dois homens contratados por Adriana, em janeiro de 2007, em Rio Bonito, na Região Metropolitana.
De acordo com a sentença que condenou a ex-cabeleireira, Adriana ordenou a morte do marido após ele ter dito que iria a excluí-la do testamento, pois havia descoberto que estava sendo traído.
Até hoje, os R$ 120 milhões da herança de Renné seguem sob disputa. Apesar de a Justiça ter anulado o testamento que beneficiava a ex-cabeleireira, a filha do milionário recorreu da decisão.
Renata Almeida Sena, de 32 anos, deseja a revalidação do testamento que beneficia a assassina de seu pai em detrimento do outro que dividia a herança entre ela e seus nove tios, irmãos do ex-lavrador. O sítio em que o casal vivia antes do crime — um dos bens mais valiosos da herança — está hoje abandonado.
Durante o julgamento em que foi condenada, Adriana disse que amava Renê e que sua vida era muito melhor quando ele estava vivo: “Eu tinha tudo”, afirmou, na ocasião. Após o crime, Adriana se casou novamente e incorporou o sobrenome do novo marido ao seu: hoje, ela assina Adriana Ferreira Almeida Nascimento.
Via Extra
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