Pacientes que derem entrada na emergência do Hospital Geral de Nova Iguaçu (HGNI) sem documentação, a partir de agora terão ajuda para tirar documentos, mesmo durante o período de internação.
O serviço será oferecido por uma parceria entre o HGNI e a Secretaria Municipal de Assistência Social (SEMAS).
O objetivo é agilizar o atendimento e os trâmites dos procedimentos de saúde do paciente, como transferência e alta, que dependem de documentos oficiais para serem realizados.
Um dos beneficiados com essa iniciativa é José Augusto da Silva Bispo, de 52 anos. Natural de Alagoas, ele está no HGNI desde o dia 9 de agosto, tratando de uma fratura na perna, após sofrer uma queda, em Nova Iguaçu. Mesmo sem documentação, foi atendido, medicado e passou por cirurgia.
“Já foi localizada a certidão de nascimento deste senhor e mandamos buscar fora do estado. Tão logo chegue, vamos fazer a identidade dele ainda no hospital. O Detran vai colher as digitais no hospital”, explica a secretária Elaine Medeiros.
Além da documentação, o Serviço Social do HGNI também busca a família de José, que diz morar no Lote XV, em Belford Roxo, e já realizou abordagens com a Polícia Civil, pesquisa papiloscópica e contato com unidades básicas de saúde ao redor.
O trabalho é realizado de forma conjunta entre o Núcleo de Atendimento ao Cidadão (NAC), da SEMAS, e o Núcleo de Apoio ao Familiar (NAF) e o Serviço Social do HGNI. Serão oferecidos serviços como a segunda via de RG, CPF, certidões de nascimento, casamento e óbito, além da possibilidade de registro judicial tardio para quem nunca teve documento.
“O encaminhamento para a documentação vai para a secretaria através das informações colhidas pelo Serviço Social do HGNI. Se essa pessoa não tiver documento, vamos abrir um processo judicial para registro tardio. Esse paciente vai ter uma flexibilidade maior no atendimento devido à complexidade do seu quadro”, explica a secretária municipal de Assistência Social, Elaine Medeiros.
Atender pacientes sem identificação ou que não possuem documentos no momento da entrada é parte da rotina do HGNI, que recebe cerca de 17 mil pessoas por mês.
“Quando um paciente é internado e não tem um documento se torna algo prejudicial, pois todas as autorizações para exames e transferências demoram mais tempo, mesmo na rede pública, já que é necessário a pessoa ter um documento de identificação oficial”, explica o diretor geral do hospital, Joé Sestello.
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