Vem chegando o verão e, como brinca a música, aquele calor no coração... Segundo o portal Ashley Madison — site de traição com 54 milhões de inscritos no mundo —, os dias mais quentes despertam em mais pessoas o desejo de ser infiel.
No Rio de Janeiro, o assunto pulada de cerca tem esquentado a cabeça de muita gente. Das 15 cidades brasileiras que mais traem no verão, três são fluminenses:
Nova Iguaçu (4º), São Gonçalo (5º) e a capital fluminense (14º).
Maria (nome fictício), de 47 anos, é uma das usuárias mais “fiéis” do site.
A mulher conta que, após 30 anos de casamento, sentiu-se infeliz na relação e decidiu se inscrever na página. Mãe de dois filhos adolescentes, ela acha que a iniciativa melhorou a relação com o marido.
— Já estava cansada da minha vida sexual. Conheci o site há dois anos e desde então venho me relacionando com homens casados. Ninguém quer terminar o casamento, estamos só buscando algo novo, mais picante. Não quero divórcio, estou feliz.
Maria conta que o site não aceita nudes e que os usuários não são obrigados a disponibilizar foto de rosto.
O serviço mostra os perfis mais recomendados com base na proximidade geográfica e no tipo físico.
Segundo Maria, os homens costumam ser mais destemidos na hora de exibir o rosto. Ela já indicou o site para uma amiga, que aprovou.
Na cidade do Rio, os bairros que mais tinham perfis ativos no Ashley Madison em 2018 eram Curicica, Recreio e Barra da Tijuca, para homens, e Vila Valqueire, Brás de Pina, Méier, Tijuca e Santíssimo, para mulheres.
O diretor de estratégias da Ashley Madison, Paul Keable, acredita que a maioria das pessoas se inscreve no site para preencher um vazio sexual em seu casamento. O diretor aponta que o Brasil é o maior mercado internacional, com 2,55 usuárias ativas para cada inscrito:
— Muitos vêem os relacionamentos extraconjugais como um complemento ao casamento e não como uma ameaça. Há aspectos positivos do casamento, como amor, companheirismo, segurança. Mas a atração física e a intimidade nem sempre duram.
A diretora de comunicação do site, Isabella Mise, destaca que as cidades pequenas são os maiores redutos da traição no país:
— Mas as capitais estão tendo cada vez mais adeptos.
Moradores surpresos
Os casais de Nova Iguaçu ficaram surpreendidos com o alto número de usuários na cidade. Mas concordam que o verão é a “época da perdição”.
— Férias, fim de ano, praia, calor, festas... as mulheres usam roupas mais curtas, os homem andam sem camisa. Até quem é casado não resiste — diz a vendedora Cíntia Matos, de 31 anos.
No segundo casamento, os aposentados Severino Monteiro, de 70 anos, e Cleonilda Araújo, de 69, estão juntos há dois anos e afirmam que os erros da primeira tentativa foram fundamentais para construir relação mais leal e fiel.
— Confesso que traí a minha mulher antes. Mas agora vivo outro momento, mais tranquilo e de amor — afirma Severino.
Casados há 18 anos, o caminhoneiro Osiel Velasco, de 45, e a dona de casa Ana Cristina, de 38, acham que o segredo da fidelidade é a religião. Foi assim que os dois superaram as dificuldades.
Fonte: Extra
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