O prefeito Marcelo Crivella foi hostilizado por moradores do bairro do Barata, em Realengo, na manhã desta segunda-feira, quando visitava o local, que foi duramente castigado pelo temporal.
Um imorador chegou a arremessar uma bola de lama no rosto do prefeito quando ele dava uma entrevista para a imprensa.
Desde o início, o prefeito ouviu reclamações de moradores, mas os ânimos se acirraram após ele afirmar que grande parte da população é a culpada.
— A culpa é de grande parte da população, que joga lixo nos rios frequentemente — afirmou Crivella, que repetiu essa frase várias vezes durante a entrevista.
Chuva no Rio é sempre um problema, mas o pior é o lixo. Temos excesso de lixo nos rios, bueiros e encostas, e, quando vem a chuva, tudo desce.
As chuvas são um problema, mas dessa vez nem foram as piores que enfrentamos.
Prefeito minimiza obras irregulares em encostas
O prefeito justificou a demora no atendimento àquele local pelos carros abandonados que estavam na calha do Rio Grande.
Eram oito, e a prefeitura já retirou quatro, o que atrasou a chegada da Comlurb, Rio Águas e Secretaria municipal de Conservação, segundo Crivella.
Em relação aos mortos, ele respondeu que a prefeitura está prestando atendimento às famílias, assim como aos 600 desabrigados.
Questionado sobre as obras irregulares em encostas, o prefeito minimizou o problema. E novamente culpou o excesso de lixo.
— Temos que agir preventivamente para não jogar lixo nas encostas. Olha a grande quantidade, esse é o problema.
Se não jogarem lixo no bueiro e na beira dos rios, melhora — afirmou Crivella, que culpou ainda a judicialização dos casos de demolições de construções.
As obras irregulares estamos tentando, amanhã vamos derrubar série de prédios na Muzema, o que a justiça não permitia.
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