Bolsonaro - Isac Nobrega / Presidência da República
O presidente Jair Bolsonaro afirmou, nesta segunda-feira, que espera chegar ao fim da quarentena em razão do novo coronavírus já nesta semana.
O presidente voltou a citar as medidas de isolamento social adotados por governadores e prefeitos como ações "excessivas" em alguns Estados e que "não atingiram seu objetivo".
Na semana passada, o governo de São Paulo, Estado mais afetado pela doença, prorrogou as restrições ao comércio até 10 de maio.
A determinação vale para todos os 645 municípios do Estado. Pernambuco também prorrogou as medidas de distanciamento até 30 de abril.
Já o governo do Distrito Federal estuda uma reabertura do comércio a partir do dia 3 de maio, mas deve manter as escolas fechadas até 31 de maio.
"Dá para recuperar o Brasil ainda. Eu espero que essa seja a última semana dessa quarentena, dessa maneira de combater o vírus, todo mundo em casa. A massa não tem como ficar em casa, porque a geladeira está vazia", afirmou o presidente.
Como tem repetido nos últimos dias, Bolsonaro destacou que 70% da população será contaminada pelo vírus. Ele também voltou a destacar os efeitos da pandemia na economia brasileira.
"A situação econômica do Brasil está se agravando, cada ponto porcentual de decrescimento para o Brasil, ou cada ponto porcentual de mais desemprego, a consequência é a violência, o caos, são mortes, a fome, a desgraça, tudo que está aí", declarou na manhã desta segunda-feira ao sair do Palácio do Alvorada.
O presidente disse ainda que conduz o País de acordo com os interesses da população e fez menção à demissão de Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde, que defendia as ações de isolamento.
"Se tiver que demitir qualquer ministro, demito", disse.
E acrescentou que a fala não era uma ameaça: "não tem ameaça da minha parte, mas se ele desviar daquilo que eu prometi durante a pré-campanha e a campanha, lamentavelmente, ele está no governo errado, vai para outro barco, vai tentar em 22 (2022, ano de eleição)."
Bolsonaro afirmou que foi contrário a editar decreto com a previsão de multa para quem estivesse na rua contrariando orientações sanitárias.
Segundo ele, as pessoas continuam nas ruas pois estão em busca de trabalho.
O chefe do Executivo enfatizou ainda ser a favor da liberdade do povo brasileiro e da liberdade de expressão.
Fonte: Meia Hora
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