Mesmo com aumento no número de mortes, cidades da Baixada Fluminense registram aglomerações - Baixada Viva Notícias

Mesmo com aumento no número de mortes, cidades da Baixada Fluminense registram aglomerações

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Moradores de Duque de Caxias relaxam o isolamento e saem às ruas Foto: Gabriel de Paiva / Agência O Globo




No fim de semana em que o número de mortes pelo novo coronavírus cresceu na Baixada Fluminense, com a confirmação de um total de nove óbitos, houve registro de aglomerações em bairros de municípios da região onde moradores reclamam da falta de testes para confirmar o diagnóstico da doença. 


Com 20 casos confirmados e três óbitos, em meio à pandemia, moradores de Duque de Caxias relaxaram ontem o isolamento social, saíram de casa e participaram livremente de feiras livres como na Rua José Carlos, no Centro. 

Somente após a primeira morte, na última sexta-feira, o prefeito Washington Reis adotou medidas restritivas como a suspensão de suspensão por 15 dias de serviços como: cinema, teatro e afins; funcionamento de academias, shoppings, centros e estabelecimentos comerciais, bares, clubes, rios e cachoeiras. 


A restrição não se aplica a supermercados, farmácias e serviços de saúde, como hospitais, clínicas e laboratórios. 

Já os restaurantes e lanchonetes podem funcionar, desde que limitem o atendimento ao público a 30% da capacidade, e faça, entregas.

Quem reside no município está preocupado e afirma que as ruas continuam movimentadas. 

A pedagoga Isa Souza perdeu seu irmão de 62 anos, no último dia 22, e afirma que a causa do óbito foi insuficiência respiratória. 

Embora a vítima não tenha sido testada para o Covid-19, toda a família está cumprindo quarentena.

— No último dia 12, meu irmão caiu de bicicleta e bateu com a cabeça. No Hospital Adão Pereira Nunes, foi constatado traumatismo craniano. 

Ele ficou internado em um local que não respeitava a distância de 1,5 metro entre as camas, apesar de ter pessoas usando respiradores e com máscaras.

Ele recebeu alta, mas voltou a passar mal no mesmo dia. A vítima foi levada para outra unidade de saúde onde teve parada cardíaca:

— Reanimaram ele e o entubaram. Em duas horas, ele faleceu de insuficiência respiratória. 

O médico disse que ele pode ter morrido pelo coronavírus, mas que não iam realizar o exame porque não tinha teste. Pedimos para testarem a família, mas não o fizeram. 

O sepultamento foi com o caixão fechado. Recebemos a recomendação de ficar de quarentena — descreve a pedagoga, que afirmou ter tido sintomas como dor de cabeça e cansaço.

Sem fiscalização na rua

Com 29 casos confirmados, Nova Iguaçu prorrogou ontem por mais 15 dias as medidas de restrição no comércio e isolamento social. Bares e restaurantes funcionam com limitação de 30%. 

Nas ruas, ainda há aglomerações e moradores cobram fiscalização:

— Moro em um condomínio com quatro blocos e 430 apartamentos. Temos quatro casos confirmados. 

Algumas pessoas estão nas ruas se aglomerando. Deveria ter uma fiscalização mais efetiva — cobra Noele da Silva Lopes, técnica judiciária.

Em Mesquita, foram contabilizados cinco casos e uma morte. 

O técnico de informática Abrahão Vanderlei Campos Santana, de 37 anos, morreu no dia primeiro de abril, com sintomas da doença, no hospital Ronaldo Gazolla, em Acari, na Zona Norte do Rio. 

Com dificuldades de respirar, ele chegou a buscar atendimento por cinco dias em pelo menos quatro diferentes unidades de saúde. 

Em Belford Roxo, foram notificamos 100 casos de coronavírus, mas só 15 foram confirmados e um dos pacientes morreu.


Fonte: Jornal Extra




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