O governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, desabafou sobre os sintomas do coronavírus — ele anunciou o diagnóstico positivo para covid-19 no dia 14.
"Eu passei muito mal, muita febre, meu pulmão foi contaminado.
É uma situação que não quero que ninguém passe, você não sabe se vai sobreviver, [a covid-19] deixa sequelas psicológicas", afirmou, em entrevista à Globo News, ao pedir que as pessoas fiquem em casa "pelo amor de Deus".
Ele lamentou que as pessoas continuem saindo às ruas e lembrou que foi contaminado mesmo seguindo as recomendações do Ministério da Saúde.
Witzel mostrou preocupação com as declarações de Jair Bolsonaro em relação à pandemia e culpou o presidente pelo que chamou de "desobediência civil" no Rio de Janeiro.
"Essas carreatas contra os governadores vêm do estímulo que o presidente deu indo às manifestações, que são inoportunas nesse momento", disse.
"A PM manda as pessoas saírem da praia, dos calçadões, mas tem gente afrontando os agentes, é um desgaste para as polícias.
Depois que o presidente criticou o governo do estado do Rio, as pessoas começam a fazer desobediência civil".
Reabertura
O governador do Rio prometeu que os hospitais de campanha, em construção no Leblon e no Maracanã, ficarão prontos até o meio de maio.
Questionado sobre a retomada dos serviços não essenciais, Witzel disse que só retomará o funcionamento se pelo menos 30% dos leitos de UTI do estado estiverem disponíveis para novos pacientes.
"Não podemos permitir que médicos tenham que decidir quem vive e quem morre, isso é algo que não quero carregar nas minhas costas, na minha história", concluiu.
Fonte: Uol
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