Sessão começou por volta das 11h45 desta quinta-feira - Reprodução / TV Alerj
A Assembleia Legislativa (Alerj) abriu, por volta das 11h45 desta quinta-feira, a votação do relatório do processo de impeachment do governador afastado Wilson Witzel (PSC).
O texto, elaborado pelo deputado Rodrigo Bacellar (Solidariedade), pede o andamento do processo.
Witzel é acusado de praticar atos de corrupção, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
As primeiras suspeitas começaram na Saúde durante a pandemia da covid-19.
No parecer, o relator fala em "descaso com a vida e oportunismo com a desgraça".
No relatório de 77 páginas, Bacellar destaca principalmente os momentos em que o governador afastado teria atuado para firmar contratos com as organizações sociais Unir Saúde e Iabas, acusadas de terem como sócio o empresário Mário Peixoto, pivô de recentes denúncias de corrupção na pasta.
A tendência é que os deputados aprovem o texto de Bacellar com folga - são necessários 13 votos, maioria simples da comissão especial do impeachment.
Uma vez aprovado na comissão, o relatório será levado aos 70 deputados, na próxima semana.
No plenário, são necessários 47 votos para definir o impedimento do governador. Neste caso, será formada então uma comissão mista composta por parlamentares e desembargadores para analisar a cassação do mandato.
A defesa do governador foi apresentada à comissão no início deste mês.
Na tentativa de convencer os deputados, Witzel enviou ontem um vídeo em que faz um apelo para que a Casa o deixe permanecer no cargo.
Com trilha sonora dramática, Witzel sobe o tom quando diz que foi afastado do cargo "sem direito de defesa", chama de "levianas" as acusações do Ministério Público Federal (MPF) e afirma que, no governo, combateu a corrupção e o crime organizado.
"Todas as acusações levianas contra mim serão desmascaradas, mas até o presente momento não tive meu direito de defesa", afirma o governador afastado.
Ao abordar especificamente o impeachment, Witzel diz que a Casa foi induzida ao erro.
"Peço ao povo do Rio de Janeiro e ao parlamento que não deixe isso (afastamento) acontecer. O governador Wilson Witzel precisa terminar o seu mandato", pediu.
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