Após o anúncio da aprovação pela Anvisa da utilização emergencial das vacinas da CoronaVac e da AstraZeneca, a primeira cidadã brasileira foi vacinada na tarde deste domingo (17).
A enfermeira Mônica Calazans, de 54 anos, foi escolhida como a primeira a ser vacinada em solo brasileiro.
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Durante a vacinação, Mônica esteve acompanhada do governador de São Paulo, João Dória, e se mostrou bastante emocionada ao ser imunizada.
A enfermeira, que é viúva e mora com o filho Felipe, de 30 anos. Há dez meses na linha de frente, nem ela, nem o filho se infectaram com a Covid-19.
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Mônica diz que é minuciosa nos cuidados de higiene e distanciamento no trabalho e quando chega em casa.
Outro forte motivo para tentar se proteger é o cuidado e ajuda à mãe, uma senhora de 72 anos, que vive sozinha em outra casa e que também não foi infectada. Sentiu a Covid-19 chegar bem perto quando teve o irmão caçula, auxiliar de enfermagem de 44 anos, internado por 20 dias com a doença.
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Mulher de muitos recomeços, Mônica atuou como auxiliar de enfermagem durante 26 anos e resolveu fazer faculdade já numa fase mais madura. O diploma veio aos 47. “Quem cuida do outro tem que ter determinação e não pode ter medo.
É lógico que eu tenho me cuidado muito a pandemia toda. Preciso estar saudável para poder me dedicar. Quem tem um dom de cuidar do outro sabe sentir a dor do outro e jamais o abandona,” disse Mônica.
Em maio, quando a pandemia atingia alguns de seus maiores picos, se inscreveu para vagas de Contrato por Tempo Determinado e, dentre vários hospitais, escolheu trabalhar no Emílio Ribas, mesmo ciente de que a unidade estaria no epicentro do combate à pandemia. Segundo ela, a vocação falou mais alto.
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Mônica confessa que os piores momentos são sempre quando sente que o SUS está operando no limite. Otimista com a vacina, ela acredita que a imunização será essencial para que os brasileiros possam voltar a ter uma vida normal.
Apesar da rotina intensa e puxada, com o trabalho cada vez mais volumoso nos seus plantões de 12h, ela tenta manter o discurso sempre otimista e o equilíbrio emocional aproveitando os momentos de folga para assistir a séries, jogos do Corinthians (de quem é torcedora fiel) e ouvir Seu Jorge, o músico favorito.
É na fé e na religiosidade, no entanto, que também se apega para se sentir mais confiante. Todos os dias reza por ela, pelos familiares, mas também por todos os colegas do trabalho e até pelos pacientes.
“Eu tenho em mente sempre que não posso me abater porque os pacientes precisam de mim, por isso tenho sempre uma palavra de positividade e de que vamos sair dessa situação. O que me ajuda também é o prazer que sinto com o meu trabalho”, afirma a enfermeira.
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