Edes Fernandes de Oliveira, o presidente da Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae), afirmou que a paralisação do sistema Guandu durante 10 horas foi um protocolo emergencial.
A declaração foi feita em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo, na manhã desta sexta-feira (22).
Questionado o motivo da população não ter sido comunicada, Oliveira disse que a medida tinha caráter de urgência após técnicos detectarem o aumento da proliferação de algas.
"Ontem, pela tarde, nós recebemos um laudo sobre a água da lagoa e nós percebemos um aumento significativo da quantidade de algas. O protocolo emergencial define que você tem que começar urgente nesses casos para que não chegue na estação e, consequentemente, não chegue na torneira dos nossos consumidores. Por isso, nós paralisamos imediatamente ontem à noite. Inclusive, é o melhor período para gente fazer."
Apesar dos diversos relatos de falta d'água em bairros do Rio e da Baixada Fluminense, o presidente da Cedae garantiu que "muitas pessoas nem vão sentir" e afirmou que os caminhões pipa só atenderão alvos prioritários.
Depois de quase 10 horas suspenso, a Cedae religou o sistema de produção de água na Estação de Tratamento do Guandu (ETA Guandu). O desligamento ocorreu como medida de prevenção para conter um problema que alterou o cheiro e o gosto da água que chega à casa dos consumidores.
Segundo a Cedae, o sistema foi religado às 6h15 desta sexta-feira (22). Mesmo com o sistema operando em sua capacidade normal, ainda pode faltar água em bairros da capital e na Baixada Fluminense.
Consumidores que não possuem cisterna em casa podem ficar até 48 horas com as torneiras secas. A promessa é que nesse período, a água chegue sem cheiro e mau gosto.
A companhia pede que clientes que possuam sistemas de reserva usem água de forma equilibrada e adiem tarefas não essenciais que exijam grande consumo de água.
O governador do Rio em exercício, Claudio Castro, prometeu medidas mais enérgicas caso o problema com o abastecimento de água não seja resolvido até sábado (23).
Depois de um ano, quando houve a crise com a geosmina, a população voltou a reclamar do gosto e mau cheiro da água da Cedae.
Por O Dia
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